sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dica "Feliz?"


Quando do teu céu baixarem nuvens de tristeza

Depressa as faça desaguar no mar das ilusões

Pois o que difere da inteireza

É marca do engano - de baixas virbrações


Quando danos do passado ecoarem em tua alma

Depressa te balsamiza nas águas do perdão

Pois o que difere de virtudes - e rouba a calma

Traz sinais de ervas daninhas no coração


Quando entenderes que a vida é bela

Oportuniza Evolução e Conhecimento

Ao içares do teu barco as velas

Levarás na mochila Amor por alimento


A Natureza é sábia em toda a criação

Criando no Amor -do Bem se torna Templo

Inspira nela tua canção

És dela filho - busca nela o exemplo.

Ap. Pimentel
em Coromandel/MG aos 24/02/2009




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Olhos Azuis


( poesia para crianças)
Cdel. em 29.02.2008

De quem mamãe esses olhos
Que nos apontam os escolhos
Da cor do céu e do mar
Que não me canso de olhar?

De quem esse olhar doce e puro
Que me busca e eu procuro
Esses olhos penetrantes
Que acompanham os viajantes?

Meu amor – os olhos a nos fitar
Que lembram o céu e o mar
Parecidos com a safira
Que você tanto admira

São os olhos de Jesus
O Maior – Mestre da Luz
Nosso Sol e Estrela-guia

Que nos guia noite e dia

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Denúncia




Qual tapetes de veludo
Campos e morros ondulantes
Desdobram-se quase desnudos
Em horizontes distantes

Quede as matas árvores e passarada
Quede as onças capivaras e guarás
Quede os bichos - não avisto nada
Cadê o matuto com seus caraminguás

Meus olhos de poeta já viram por aqui
Matas fechadas e vales de flores cobertos
Brancas azuis amarelas - beijadas por colibri
Choram hoje estes olhos diante de infaustos desertos

O ator do melodrama
Colheu daqui os tesouros
Só deixaram a fraca grama
Os homens da cobiça e dos ouros

Pobres - tolhidos das suas roças
Mudaram-se os campônios
Abandonando as palhoças
Vítimas de tantos demônios

Nessa terra machucada
Os arrebóis eram festa
Gorjeios e silvos - de madrugada
Bicharada em seresta

Agora que resta fumaça
Resta também um clamor
Do verde que se esfumaça
Pedindo socorro na sua dor

Coromandel/MG em 12.03.2008

Caminhão de Carvão


Caminhão de carvão que corta a estrada
Lembra o serrote o machado o facão
A terra chorosa angustiada
Aos golpes sangrentos de pobre peão

A floresta dadivosa
Alvo da cobiça do rude iletrado
Presa de mão criminosa
Some do mapa – tal qual o cerrado

Caminhão de carvão cortando a estrada
Crianças e idosos em hospital
Terra seca judiada
Sertão - Miséria artesanal

Caminhão de carvão cortando as estradas
Enchendo os fornos industriais
Pachorrento rompe nas madrugadas
Por acréscimo o diesel – aumenta os danos e os ais


Fumaça atrevida
Baila sonsa - livre solta
Abre caminho no espaço em triste subida

Arde nos olhos na alma da gente

Empana o verde o sol
Problema - desafio certamente
Mergulha o planeta em bruma letal